Coisas minhas.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

go away

- Tens mesmo de ir ?
- Tenho. É o melhor para ambos. A separação vai fazer com que a tristeza nos lave a alma e nos traga um pouco de paz.
- Mas eu não quero isso. Eu quero - te a ti !
- Mas eu já não te quero. Desculpa...
- O quê ?
E partiu sem me responder. Nesse momento o meu coração arrebentou e eu gritei bem alto. A dor esganava - me e arranhava - me as cordas vocais. Sentia - me humilhada e com uma alma quebrada. Eu tinha dado tudo por ti, e tu dizes que já não me queres ? Sabes pelo menos o que é ouvir isto vindo da pessoa que amámos ? Sabes pelo menos o quanto doí mentalizarmos - nos disso ? Fico imensamente feliz por não saberes. Tu não aguentarias, e eu sei perfeitamente que irias cometer loucuras, como eu cometi, mas um pouco mais graves. Não fico nada feliz por saber o mal todo que me proporcionei, mas naquela altura achava que isso me aliviava a alma. Achava que conseguia partir de ti assim. Tu sempre me disseras que tudo iria ser diferente, e eu feita ingénua acreditei ! Eu acreditei sempre em ti, de todas as vezes. E nem agora sei se estou completamente curada de toda a dor que guardei durante tempo e tempo. Ainda dói olhar para trás e ver - te a sorrir para mim, como o fazias. Além da dor, provoca - me saudades. Saudades essas que eu até sou capaz de deixar tudo para as destruir. Mas não irá valer de nada. Nunca valeu. E tu sabes tão bem quanto eu, por experiências próprias, que o passado volta sempre, mesmo que lutes pelo contrário. E isto é só um aconchego à tua desassossegada alma que eu tanto prezo.

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