neighborhood

Ainda me lembro perfeitamente da primeira vez que te vi... naquele azenhado bairro. E também foi nele, que corri por ti, e te beijei intensamente. Lembro - me tão bem ! Mas, tão bem. Da primeira vez que o teu olhar cruzou com o meu, e da primeira vez que a minha mão se uniu à tua. Tu gostaste, eu gostei, nós gostámos. Senti - mos ambos a força da gravidade, e sentimos a terra por baixo dos nossos pés a ferver. Fomos incapazes de soltar uma palavra, só agimos por actos, que naquele momento, e todavia, valeram sempre mais. E foi bom, muito bom. Da primeira vez que me disseste ola, passado um bom bocado de tempo, e da vez em que disseras o teu nome. Por impulso repeti - o e tu até achaste piada à coisa, o que te levou a rir e por entre esse sorriso, dizeres sim. Sim, foi nesse momento que tivera a noção que dissera uma coisa estúpida, mas o calor era tanto, a ardência nos nossos corpos abundava, que já nada fazia sentido. Nem o simples facto de estarmos unidos um com o outro, porque nem nos conhecíamos não é verdade ? Nem sabias o meu nome, até ao momento que prendeste um riso, e perguntaste então qual o meu nome. A verdade, é que me baralhei, mas logo a seguir emendei e disse - o. Achaste - me piada, e foi assim (...) e foi nesse bairro, que eu encontrei a pessoa que eu queria. Não um príncipe, mas um rapaz com alma e coração.